COMO A TAXA SELIC IMPACTA O SETOR IMOBILIÁRIO?
A taxa SELIC influencia o mercado imobiliário bem como praticamente todos os setores da economia. Os chamados “juros básicos” são utilizados pelo Banco Central do Brasil (Bacen) nas operações com títulos públicos federais, as quais ocorrem no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC).
O governo federal utiliza a taxa SELIC como um instrumento de política econômica, para evitar a perda do poder de compra da moeda.
Por exemplo, se a inflação está alta, o Banco Central tende a aumentar a taxa básica de juros para restringir o crédito e, com isso, frear o consumo. Como as mercadorias deixam de ser negociadas, pela lei da oferta e da procura, os preços geralmente caem e a inflação diminui.
Em outra situação, se a economia está desacelerada e a inflação controlada em níveis baixos, o governo quase sempre reduz a taxa SELIC. Nesse caso, como os títulos públicos federais passam a ser menos interessantes para os bancos, eles tendem a ofertar mais crédito, em busca de rentabilidades mais significativas.
Com a maior oferta de crédito no mercado, as pessoas e as empresas podem concretizar projetos e, assim, a economia volta a girar com mais intensidade.
Quem busca financiar um imóvel, geralmente faz uma operação de longo prazo, que, em determinadas condições, envolve reajustes anuais. Diante dessa realidade, as pessoas ficariam receosas de pegar crédito no mercado para adquirir uma casa ou um apartamento, se as taxas de juros estiverem altas, não é mesmo?
Entretanto, se a taxa SELIC estiver baixa, as condições de financiamento via de regra ficam mais vantajosas, já que as instituições financeiras também abaixam as próprias taxas de juros. Como consequência, comprar um imóvel passa a ser uma transação bem menos arriscada, pois o impacto da aquisição no orçamento doméstico é menor.